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A coxartrose de grau 4 termina com a substituição da anca?

O processo degenerativo que afecta as ancas é designado por coxartrose. Esta doença não só perturba a estrutura na região lombar, como também provoca anquilose da articulação, desigualdades no comprimento dos membros inferiores e conduz a uma perturbação da estabilidade do eixo da coluna vertebral. Afecta significativamente a vida do doente. Em última análise, é necessária uma artroplastia total da anca (TEP).
Conteúdo do artigo
As articulações da anca, juntamente com as articulações do joelho, são articulações de suporte de peso, o que significa que são as articulações que suportam mais peso e, por conseguinte, as mais frequentemente afectadas. As perturbações e a degeneração destas articulações afectam gravemente o eixo da coluna vertebral, a postura corporal e a marcha.
Em que consiste a articulação da anca?
A articulação da anca (articulatio coxae) liga o osso da coxa (fémur) à bacia e é formada pela cabeça articular da extremidade do fémur (caput femoris), que se encaixa na cavidade articular do osso da bacia (acetábulo).
O bordo do acetábulo é formado por um rebordo cartilaginoso (labrum acetabuli).
Toda a articulação é reforçada pela cápsula, que se estende a partir dos bordos do acetábulo e se fixa ao fémur. O ligamento iliofemorale, que é também o ligamento mais forte de todo o corpo humano, reforça toda a articulação pela frente.
Existem mais dois ligamentos, o lig. ischiofemorale e o lig. pubofemorale, por trás e por baixo.

Mobilidade da anca
Com base nas suas proporções anatómicas, já é evidente que se trata de uma articulação muito rígida e que a sua mobilidade é algo limitada.
No entanto, é uma articulação móvel e pode efetuar 5 movimentos básicos
- flexão - extensão
- extensão - extensão
- abdução - abdução
- adução - adução - adução
- rotação - rotação
O que acontece numa articulação da anca afetada por um processo degenerativo?

O processo degenerativo na própria cartilagem articular pode ser desencadeado por vários mecanismos que vão desde a predisposição genética até às anomalias de desenvolvimento, passando por várias doenças e lesões.
A ação destes factores leva a uma rutura da estabilidade do equilíbrio dinâmico da articulação, à sua destruição e, por fim, à sua disfunção.
Numa articulação afetada por um processo artrítico, a cartilagem articular é destruída e deixa de se regenerar. As primeiras alterações da articulação são metabólicas e o doente não sente qualquer desconforto.
Predominam as citocinas que inibem os processos anabólicos e multiplicam-se os processos catabólicos destrutivos, que têm por efeito danificar a massa óssea subjacente, a matriz óssea.
A cartilagem da anca é destruída, tornando-se mais fina e, ao mesmo tempo, formam-se fissuras na articulação, o que resulta numa irregularidade das superfícies articulares e num estreitamento gradual do espaço articular.
Devido a tensões, como o peso do corpo, começa a deformação da articulação, formando-se osteófitos (crescimentos ósseos) como resultado de mecanismos de compensação.
A articulação alarga-se, formam-se aderências, multiplicam-se as deformações e torna-se rígida, imóvel e, nas fases mais avançadas da doença, dolorosa.
DICA: Acabar com a artrose
Fases do processo artrítico
Existem 5 fases do processo artrítico com base nas alterações da articulação da anca. A primeira fase da doença caracteriza-se por alterações que ainda não são visíveis e que não limitam intrinsecamente o doente. A segunda e a terceira fases caracterizam-se por diferentes graus de deformidade e limitação.
A quarta fase é a fase final, em que a deformação das articulações já está completa com a sua posição patológica, conduzindo à incapacidade e à reforma por invalidez com necessidade de substituição artificial da anca.
- Fase I - ocorre ao nível do metabolismo, significa a predominância de processos catabólicos
- Fase II - caracteriza-se pelo desnivelamento das superfícies articulares e pelo estreitamento da fenda articular
- Fase III - significa o início da esclerotização com formação de osteófitos e deformações visíveis
- Fase IV - fase final, as deformações provocam uma posição óssea patológica com alteração do comprimento
Como é que a coxartrose afecta a vida do doente?

O processo destrutivo das ancas manifesta-se inicialmente por uma rigidez matinal da anca e da zona pélvica, que o doente tem de se movimentar para que pare. Gradualmente, a rigidez aumenta e torna-se regular.
Este é um sintoma inicial ao qual as pessoas não dão muita importância e nem sequer procuram ajuda médica.
É claro que é precedido por alterações ao nível do metabolismo, das quais o doente não tem consciência. Nesta altura, com um estilo de vida incorreto e exercício insuficiente, o processo patológico progride lentamente. Com o tempo, resulta numa doença com manifestações típicas.
Hábitos como o álcool, o tabaco, a alimentação excessiva e a falta de exercício físico aceleram o processo.
DICA: Artrite e a importância da alimentação na prevenção e no tratamento
Sintomas da artrose que afectam a vida do doente
A osteoartrite, seja na anca ou noutra articulação, caracteriza-se pela dor.
Mas, muitas vezes, esta não é a solução final, pois o processo artrítico pode progredir com um tratamento incorreto ou com o não cumprimento do regime de tratamento.
No início da doença, as dores na zona afetada ocorrem apenas após um maior esforço físico, estão ligadas ao movimento e são irregulares.
A sua regularidade e a ocorrência em repouso indicam uma maior progressão da doença. Numa fase mais avançada, a coxartrose também provoca dores na anca durante a noite.
Dor na anca causada pela coluna vertebral?
Leia mais no artigo sobre a síndrome algica vertebrogenética.
Não é só a dor que provoca a limitação da mobilidade da articulação, mas também outras alterações como a esclerotização, a formação de osteófitos e de aderências, que tornam a articulação rígida e imóvel.
O sistema músculo-esquelético é uma unidade, pelo que qualquer lesão numa das partes do sistema músculo-esquelético interfere com o seu funcionamento adequado. A maior dificuldade de movimento na artrose da anca é quando se muda de posição, de sentado para de pé e vice-versa.
Também se podem observar limitações ao dobrar-se, quando é mais fácil dobrar as articulações do joelho.
Nas fases mais avançadas da coxartrose, quando as articulações estão deformadas e os membros inferiores são desiguais em tamanho, o doente tem dificuldade em manter uma postura erecta (postura). A irregularidade na região pélvica provoca uma postura irregular, o que está associado a uma carga irregular das ancas e também a uma postura irregular da coluna vertebral.
Esta situação manifesta-se através de dores nas costas e de uma curvatura progressiva.
DICA: A artrose do joelho está a destruir lenta mas seguramente as articulações do joelho
Postura pélvica e axial na coxartrose
Como já foi referido, as deformidades na articulação da anca provocam alterações na postura da pélvis e da coluna vertebral e, por conseguinte, na postura do corpo em geral. Uma postura incorrecta e irregular torna difícil para os doentes não só andar e iniciar movimentos, mas também manter-se de pé e manter o equilíbrio.
Alterações básicas da postura pélvica na mesa
Postura pélvica e da coluna vertebral | Resultado |
Aumento da anteversão pélvica |
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Posição oblíqua da bacia |
|
lordose da coluna vertebral |
|
Artroplastia total da anca: quando é que é necessária?
A artroplastia total da anca está indicada quando a cartilagem articular está completamente destruída, principalmente em doentes idosos, cuja condição provoca dor intensa, difícil de controlar com medicação e que restringe muito os movimentos normais.
O que espera o doente de uma prótese da anca?
A prótese da anca é um procedimento cirúrgico que é realizado sob anestesia geral. A cartilagem artrítica no colo do fémur (a área por baixo da cabeça do fémur) tem de ser cortada antes da inserção da prótese articular de titânio.
Na prática, a cabeça femoral é removida e substituída por uma cabeça de titânio, que consiste numa haste sobre a qual assenta a cabeça de cerâmica.
A cabeça femoral é inserida num encaixe, também em titânio, e entre os dois é inserido um encaixe em polietileno. O acetábulo tem ainda de ser preparado antes de a endoprótese ser totalmente colocada e o encaixe em titânio inserido, o que é feito com uma fresa.
Após a colocação da endoprótese, o médico continua a verificar a mobilidade e, após o seu reposicionamento final, está pronta para servir o doente onde as suas próprias articulações falharam.
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