O Dia Mundial da Saúde recorda-nos a importância de proteger a natureza

A Organização Mundial de Saúde lembra-nos: o nosso planeta, a nossa saúde. Cada um de nós pode fazer a diferença e proteger a natureza.
Conteúdo do artigo
A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu um lema para este dia:
O Nosso Planeta, a Nossa Saúde.
Trata-se de um importante lembrete de que não basta cuidarmos de nós próprios e da nossa saúde, temos de cuidar da saúde do nosso planeta e da natureza que o rodeia.
Será que ainda conseguimos imaginar um planeta onde o ar puro, a água e os alimentos estejam disponíveis para todos?
Doenças como o cancro, a asma e as doenças cardiovasculares estão a aumentar no mundo, sendo a culpa da poluição excessiva, tanto no ar como no nosso ambiente.
As condições meteorológicas extremas, as inundações e as secas ameaçam a segurança alimentar e a propagação de doenças infecciosas.
A pandemia fez-nos ver um espelho
A pandemia também nos serviu de espelho, mostrando que é possível abrandar ou travar a poluição atmosférica e ambiental.
A pandemia também chamou a atenção para as desigualdades no nosso mundo, expôs as fraquezas em todas as áreas da sociedade e sublinhou a urgência de criar uma sociedade sustentável. É necessário criar um sistema de bem-estar que seja, no entanto, sustentável para as gerações futuras e, acima de tudo, que não viole os limites ecológicos.
Para quebrar os actuais ciclos de destruição do planeta e da saúde humana, são necessárias medidas legislativas, reformas das empresas e o incentivo e a motivação dos indivíduos para fazerem escolhas saudáveis.
Mortes devido à crise climática
A OMS estima que mais de 13 milhões de mortes por ano em todo o mundo se devem a causas ambientais evitáveis, incluindo a crise climática, que constitui a maior ameaça para a saúde da humanidade. A crise climática é também uma crise de saúde.
Mais de 90% das pessoas respiram um ar insalubre causado pela queima de combustíveis fósseis. A propagação de doenças transmitidas por mosquitos também está a acelerar, causada pelo aquecimento global.
No fundo dos nossos oceanos mais profundos ou nas montanhas mais altas, encontram-se enormes quantidades de poluição e de plásticos que, pior do que tudo, entraram na nossa cadeia alimentar.
Assistimos à produção e ao consumo de alimentos e bebidas altamente transformados e pouco saudáveis, que estão a alimentar uma onda de obesidade, a aumentar a incidência de cancro e de doenças cardíacas e a gerar um terço das emissões globais de gases com efeito de estufa.
Proteger a natureza e o clima
As pessoas podem ajudar a proteger a sua saúde dos efeitos da poluição atmosférica, por exemplo, utilizando os transportes públicos, andando a pé e de bicicleta, evitando os automóveis e a queima de resíduos.
De acordo com a OMS, as alterações climáticas podem criar um efeito dominó de outros impactos negativos nas populações humanas e no seu ambiente.
"As alterações climáticas manifestam-se por mudanças na precipitação, aumento dos fenómenos meteorológicos extremos e aumento da temperatura média anual, factores que afectam a persistência e o aparecimento de bactérias, vírus, parasitas, algas nocivas, fungos e seus vectores, bem como a progressão de doenças de origem alimentar e o risco de contaminação tóxica", alerta a OMS.
Recursos interessantes
